18 dezembro, 2006

Informática vs Construção Civil

Trabalhar em informática é algo de frustrante por vezes. Por um lado é raro alguém fora do meio, compreender exactamente o que fazemos, quando dizemos ser um Consultor Informático ou Gestor de Projectos Informáticos, a primeira coisa que nos dizem usualmente é :
Tenho um problema com a minha impressora (poderá colocar-se aqui, qualquer outra coisa relacionada com a informática em geral), achas que podes ver o que se passa?

Por outro lado, temos o próprio trabalho em si, que nos leva à loucura...
Ora bem, para poder explicar como se processa o desenvolvimento de uma aplicação, na típica empresa informática, decidi fazer a analogia com a construção civil. Assim, em vez de software, vamos fazer de conta que estamos a construir uma pequena habitação familiar.

Fase 1 : Análise de requisitos e definição do orçamento.

Nesta fase, o cliente reune-se com o fornecedor e diz o que pretende. Neste exemplo, vamos assumir o seguinte diálogo:

Cliente : Quero uma casa com 4 quartos, uma sala de estar, cozinha e duas casas de banho.
Empresa : Muito bem, precisamos de 1 arquitecto para o desenho, 1 engenheiro para a estrutura, 1 chefe de obra, 6 pedreiros experientes e 2 trolhas. Fica-lhe em 200.000€ e demora 8 meses.
Cliente : Oito meses? Tem de estar pronto em seis, porque preciso de me mudar e duzentos mil??? Nem pensar, vou a outro lado, como é que justifica tanto dinheiro?
Empresa : Bem, podemos tentar diminuir os custos, eu vou falar na empresa e já lhe digo qualquer coisa.

Empresa : Epá, precisamos de reduzir os custos duma casa de 5 assoalhadas, não podemos cortar no pessoal?
Gestor : Humm, fazemos assim, o engenheiro faz o desenho e a estrutura, colocamos um chefe de obra, 2 pedreiros experientes e contratamos por fora 4 trolhas, assim reduzimos para 150.000€.

O cliente aceita e iniciam-se as reuniões com o Engenheiro/Arquitecto, para o desenho inicial da casa. O cliente pede uma sala com 40m2, 1 suite com 30m2 e os restantes quartos com 25m2, o Engenheiro toma notas e faz o primeiro desenho, que é aceite pelo cliente.

Definido assim o orçamento, o prazo, o desenho e a mão de obra, segue-se a fase seguinte, o desenvolvimento (construção).

Fase 2 : Construção

Devido à necessidade de redução de custos, o Engenheiro divide o seu tempo entre esta obra e uma outra.
Foram contratados 3 imigrantes de Leste e um toxico-dependente, para os lugares de trolha a recibos verdes, sendo o chefe de obra e os dois pedreiros elementos dos quadros da construtora.
Ao fim de 3 meses, a casa está de pé (algumas paredes estão ligeiramente tortas devido à inexperiência dos trolhas, mas nada de grave). O cliente vem ver como está a casa e a primeira coisa em que repara é na falta da lareira.
O Engenheiro argumenta que nunca se falou em lareira, o cliente argumenta que estava implicito numa casa daquele preço.
Faz-se a alteração do projecto para incluir a lareira, tal obriga a desmantelar o telhado e a destruir uma das paredes, de forma a que se possa colocar uma chaminé e a lareira em si.
O projecto atrasa-se 2 semanas...
Ao fim de 5 meses, o cliente volta a visitar a obra, a lareira está no sitio, o chão de pedra está colocado e os quartos estão prontos. O cliente reclama que o chão não é de madeira, mas sim de pedra. Quer chão em madeira, pelo preço que pagou, é mais do que justo.
O Engenheiro argumenta que nunca se falou em chão de madeira, além do mais, está fora de questão chão de madeira junto à lareira. Após intensa discussão, fica assente que a sala e a cozinha continuam com chão de pedra, mas os quartos passam a chão de madeira.
Levanta-se o chão de todos os quartos e o projecto atrasa-se mais 2 semanas.
Ao fim de 7 meses, a casa é dada como concluída, o cliente vem inspeccionar a mesma e começa a experimentar a mesma, abre as torneiras, as portas, inspecciona o chão.
Duas portas riscam o chão ao abrir, dado estarem tortas (culpa dos trolhas de leste), a torneira não funciona porque o toxico dependente, não retirou o lixo do interior dos canos, quando os mesmos foram colocados.
A parede da cozinha tem de ser picada para substituir os canos, duas paredes têm de ser reconstruídas por causa das portas, o projecto atrasa-se mais um mês.

Fase 3 : Entrega/Testes de habitabilidade

Ao fim de 8 meses, o cliente muda-se. Nas primeiras chuvadas, a sala fica inundada, porque o tecto não tinha sido planeado tendo em conta a lareira, a água passa para os quartos, onde o chão de madeira incha e levanta, dado não ter sido tratado.
O cliente que só pagou 30% ainda, diz que só paga o resto depois dos problemas resolvidos e após algumas alterações que entretanto a sua mulher sugeriu, tais como janelas maiores e uma porta de entrada dupla, a banheira da suite, deverá passar a Jacuzzi...

Volvidos 18 meses, a lista de alterações e reparações à casa, termina finalmente.
O cliente reclama do tempo que levou a construir uma simples casa e dos transtornos causados.
Decide pagar finalmente os restantes 70% e diz à boca cheia que não gostou da atitude da empresa.

14 outubro, 2006

Vegetarianos


Cada dia que passa, mais pessoas conheço que deixaram de comer carne. O vegetarianismo é uma opção válida claro está, mas não passo sem um excelente bife a largar o fio de sangue, tenro e a derreter-se na boca como manteiga.
Após esta imagem tão gráfica, os "Vegan" que andam aí, devem querer dar-me um tiro.
Bem, para acalmar os mais radicais, vou falar-vos da minha experiência com comida vegetariana. Ao contrário do que se possa pensar, a comida vegetariana é muito variada, muito saborosa e extremamente colorida.
Dois dos melhores restaurantes a que vou (vegetarianos claro está), são respectivamente o "Terra" e o "Jardim dos Sentidos", nomes muito "Gaia" e muito esotéricos claro está, ou não estivessem os vegetarianos associados a meios esotéricos.
Esoterismos à parte, a comida requer alguma habituação, pelo menos coisas como o Seitan, o qual não consigo digerir. Sorry, mas não consigo gostar daquilo...
Claro que há muito mais para além de Seitan, temos inúmeros vegetais, saladas, arroz, massas, etc. Para terem uma ideia da variedade, imaginem uma vaca à solta no jardim botânico, a experiência gastronómica deverá ser semelhante.
Os meus pratos favoritos passam pelo arroz (sim é o mais normalzinho), beringelas gratinadas, pão de alho com tomate e queijo (sim, muito mediterrânico), Pakora (sim, igual ao do Indiano), bolinhas de vegetais fritas (tipo as de puré da Iglo), etc.
Vão e experimentem, não se vão arrepender, em alternativa aos dois referidos, também podem ir aos Tibetanos, mas a comida é mais apimentada, não é para todos os estômagos.

29 agosto, 2006

Brummmm, brummmmm

Já tenho o meu brinquedo novo.
Pode-se até considerar uma prenda de aniversário.
É linda não é? :)

O fim das férias

Fui de férias.
...
Já voltei. :(
Foram boas, souberam a pouco e estou a precisar de tirar uns dias para descansar das férias. As férias quando são boas, são assim como as mulheres, precisamos de descansar depois das mesmas (talvez tenha a ver com a idade...sim, estou a ficar velho).
Bem, adiante, que estas conversas são para outras ocasiões.
Estava eu regressado de férias à menos de 3 horas, quando o meu filhote começou a vomitar, telefonemas para o Dói, Dói, Trim, Trim, espera, novos vómitos, ida para o Hospital.
Fui às urgências, inscrevi o miúdo e mandaram-me esperar. Ao fim de alguns minutos (intermináveis, quando se tem uma criança ao colo que não pára de atirar bílis pela boca), fui chamado a um gabinete para a "triagem", contou-se o que se passava, mostrámos a criança e o que a mesma estava a deitar fora, após o que nos mandaram ir novamente à recepção com um papel.
Na recepção voltaram a pedir-me os dados, voltaram a criar uma ficha e voltei a esperar mais uns tantos minutos, ao fim dos quais me chamaram para a "triagem". Um pouco desconfiado lá disse que já tinhamos ido à "triagem", que agora queríamos era a consulta propriamente dita. Foi assim que fiquei a saber que inicialmente tinha ido à "pré-triagem"... (palavras para quê)
Mais uns quantos minutos de espera e finalmente o miúdo foi visto (no gabinete onde tinha ido à "pré-triagem"), por uma médica que decidiu internar a criança, visto a mesma estar muito desidratada e necessitar de cuidados.
Ao fim de 3 horas de ter entrado no hospital, encontrava-se o miúdo finalmente deitado numa cama, a soro com o maior ar de infelicidade do mundo. Como só podia ficar um dos progenitores com a criança, fui para casa dormir um pouco, 5 horas depois estava novamente no hospital para ver se lhe davam alta, 4 horas mais tarde finalmente a médica apareceu e deu-lhe a tão desejada alta.
Foram as piores 12 horas da minha vida, sem mais nem menos.
O miúdo está muito melhor e está em casa a recuperar, eu estou novamente a trabalhar onde posso finalmente descansar.
Viva o fim das férias. :P
E @§%&#{]€) para as triagens e pré-triagens, já não existe o conceito de emergência???

30 julho, 2006

CP (Casamento a Prazo)

Como todos sabem, cada vez há mais divórcios em Portugal. Muitas razões foram invocadas e inúmeros artigos foram escritos sobre o tema, sem no entanto, alguma vez terem avançado com uma possível solução.
Pois bem, na senda de soluções para os males da nossa sociedade moderna, venho apresentar os "Casamentos a Prazo".
Tal como o nome indica, trata-se de um casamento a tempo certo, ao contrário do modelo convencional (vitalício). Num casamento convencional, quando os parceiros decidem cancelar o contrato (divorciarem-se), o processo é extremamente penoso, demorado e dispendioso. Advogados, partilhas, custódias, enfim, uma panóplia de papeladas, tribunais, etc.
Neste novo modelo contratual (sim, porque o casamento é um contrato, assinado por ambas as partes perante um representante legal, a parte da igreja é só para o "show-off"), teríamos várias modalidades:
  • Casamento a 1 ano (para casais jovens e indecisos que querem apenas ver como é)
  • Casamento a 5 anos (para pessoas mais maduras que não acreditam no amor eterno)
  • Casamento a 20 anos (para quem quer educar os filhos numa família convencional, mas pretende voltar a ter sossego mais tarde)
  • Casamento vitalício convencional (exige mais de 25 anos de idade ou pelo menos 2 anos de experiência matrimonial prévia)

Os contratos poderão ser renovados no fim do prazo, se ambas as partes assim o entenderem, caso contrário, terminarão apenas, sem os traumas associados aos "divórcios" convencionais.

Venho pedir encarecidamente, que me apoiem nesta minha nova proposta e ajudem a espalhar o conceito, vamos acabar com a quantidade escandalosa de divórcios em Portugal, vamos ser um país para a frente.

28 julho, 2006

MAMA

O M.A.M.A (Movimento de Apoio à Mota Adquirida), tem como objectivo, ajudar e apoiar na aquisição de veículos de duas rodas.
É uma causa nobre e justa e fica sempre bem participar nestes movimentos. Todo o dinheiro recebido, será canalizado e distríbuido de forma justa entre todos os beneficiários desta iniciativa (nomeadamente eu), para a aquisição de uma mota nova.
Todos os apoiantes desta iniciativa, para além da recompensa que é ajudar o próximo, receberão também um exclusivo comprovativo da sua participação que poderão mostrar com orgulho.
Conto com o vosso apoio, ajudem o MAMA!

Certificado segue abaixo.


Para contribuir, não hesitem, contactem-me através do seguinte mail : MAMA

12 julho, 2006

Never ending story...

Num belo dia de Outubro de 2004, decidi começar uma colecção por fascículos. A Planeta DeAgostini tinha acabado de lançar o primeiro fascículo de um fabuloso Subaru Impreza WRC, telecomandado a gasolina, que de imediato adquiri.
Após consulta às condições, decidi assinar a colecção e assim receber confortavelmente em casa todos os restantes 59 números, com uma periodicidade semanal nos primeiros números e bi-semanal perto do fim da colecção. No total, esperavam-me 10 meses, durante os quais poderia construir o meu modelo a um ritmo calmo.
Os primeiros meses passaram-se bem, as peças iam chegando e o carro começava a tomar forma, a dada altura deu-se um problema com a disponibilidade de um dos fascículos e o mesmo atrasou-se.
"Tudo bem, espero um pouco para continuar a construção." Pensei eu.
Infelizmente, a partir daí os atrasos sucederam-se, as peças tardavam em chegar, algumas chegaram com defeito e após muitos telefonemas, muita espera e muita, muita paciência, em Maio de 2006 obtive este resultado final.
Lindo não é? Infelizmente não anda...
Qual o problema? Perguntam-se vocês. Pois bem, ainda não me enviaram o comando que me permitirá controlar o dito cujo.
"Devido a uma ruptura de stocks, não dispomos ainda do seu Rádio Controle, estamos a envidar todos os esforços...bla bla bla."
Enfim, espero que em meados de Outubro, chegue o comando, terão passado "apenas" dois anos desde que iniciei a colecção. No site da Agostini, existe um link para recomendar os produtos a amigos, pois bem, a minha recomendação é de fugir a sete pés, excepto se tiverem mesmo muita paciência, caso contrário, dirijam-se à loja de modelismo mais perto e comprem um modelo completamente montado, é mais rápido.

10 junho, 2006

Às de Ouros

Às de ouros era o nome do primeiro salão de jogos que frequentei, tinha eu 15 anos, portanto mais de meia vida atrás e já no século passado. Foi lá que joguei pela primeira vez o 1943 e o Cabal...
Depois do Às de ouros, vieram outros salões, outros jogos, muitos deles simuladores automóveis.
Com o passar dos anos, o gosto pelos jogos de salão manteve-se e acabei por arranjar o Mame. Esse maravilhoso programa, possibilitou-me jogar novamente, as velhas glórias do passado no aconchego do lar. Mas a sensação dos jogos de automóvel, não era a mesma, faltava o volante, faltava o assento, faltava o feel...
Pois então, decidi solucionar o problema, construí isto.

12 maio, 2006

Sustentabilidade da Segurança Social


Como todos sabem, a segurança social está em colapso. O envelhecimento da população é uma realidade e não se sabe como lidar com o assunto, o crescimento populacional é limitado e cada vez se vive mais tempo. Muitas soluções foram já adiantadas, mas nenhuma é realmente eficiente, todas semeando o descontentamento da população, seja o aumento da idade da reforma, seja o limitar das mesmas.
Pois bem, no bem do interesse público, decidi revelar o meu plano para recuperar o balanço das contas, tudo medidas positivas, nada de alterações drásticas, diria mesmo que poderiam começar a ser implementadas no espaço de um mês, talvez dois, bem... seis meses porque temos o funcionalismo público à mistura e não se fala mais nisso.
E que medidas são estas milagrosas afinal?
Muito bem, aqui seguem :
  • O MacDonalds, BurgerKing e semelhantes, devem implementar um novo menu, o menu "Avôzinho", constituido por um hamburguer de porco, com o dobro do molho, dobro do queijo, acompanhado de batatas fritas gigantes e de uma cola ou refrigerante com açucar de meio litro, tudo por apenas 3€.
  • O menu referenciado acima, deverá passar a ser mandatório nos lares, serviços de apoio à terceira idade e programa refeições em casa.
  • As excursões a Fátima, Leiria, etc, terminam. Os idosos necessitam é de acção e aventura, deverá haver excursões a Pamplona, para participar nas corridas na rua. As seguintes actividades passam a ser recomendadas para idosos : "Rappel", "Escalada", "Down Hill", "Skate", "descida de rápidos", "100 metros barreiras" e afins.
  • Os constrangimentos à renovação da carta de condução terminam, passa a ser renovada automaticamente aos 65 anos e é vitalícia.
  • Para terminar com as filas de espera nos hospitais e centros de saúde, os maiores de 65 anos passam a ter tratamento preferencial, sendo as faculdades de medicina forçadas a disponibilizar alunos dos primeiros anos para o seu atendimento, não só os alunos ganham experiência e conhecimento, como os idosos são atendidos mais rapidamente. Deverá ser dada preferência aos piores alunos, dado serem os que necessitam de adquirir mais conhecimentos práticos.

Com estas cinco simples medidas, penso não só resolver o problema do envelhecimento da população, mas também aumentar a rapidez de resposta dos serviços de saúde à população em geral.

06 maio, 2006

Olha ó pão quente...

Pois foi, juntando-me aos outros milhares de Portugueses que já têm pão quente todos os dias de manhã, comprámos cá para casa uma máquina de fazer pão.
O princípio é simples, espeta-se lá para dentro farinha, água, sal, fermento, carrega-se numa tecla e 3 horas depois sai o que está indicado na foto.
Sim, é mesmo um pão feito por nós.
Cheio de bom aspecto, bom sabor e melhor que tudo, acabado de fazer. Manteiga a escorrer pela superfície quente e estaladiça, hummm, só de pensar já me está a dar vontade de ir fazer outro.
O principal problema, das pessoas que compram uma máquina destas, é arranjar receitas, pois bem, aqui fica um link para um documento com algumas. Á medida das experiências (satisfatórias), pode ser que o mesmo vá crescendo e o número de receitas aumente.

Apreciem, vale a pena (escrito enquanto me deliciava com outra fatia, lá se vai a linha).

07 abril, 2006

Adeus HelpDesk...


Segunda feira inicio novas funções. Finalmente abandono o Inferno do "HelpDesk" e deixo para trás as pérolas, que todos os dias me enchiam a caixa de correio.
Como despedida, deixo aqui algumas que entraram no top 5.

Assunto : Barunho no monitor

Mensagem : Bom dia,
Serve o presenta para informar que o monitor do computador do Sr. Carlos produz um apito intenso e incomodativo.
Deste modo solicitamos que o mesmo seja analisado e corrigido.
Melhores cumprimentos.

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Assunto : EXTORNO DE MOVIMENTO

Mensagem : COLEGAS SOLICITO QUE SEJAM LIMPOS OS MOVIMENTOS EFECTUADOS NA CONTA XXXXX NO DIA XX/XX/2005 PELO VALOR DE XXXXX EUR( DEPOSITO E RESPECTIVO EXTORNO );
PELO FACTO DE QUE ESTA CONTA PERTENCE A UM CONSTRUTOR QUE SE ENCONTRA A REALIZAR ESCRITURAS E ESTE DINHEIRO DEVERIA SER DEPOSITADO EM OUTRA CONTA, A DA ESPOSA EM
QUE ELE É SEGUNDO TITULAR. PELO ERRO QUE FOI COMETIDO NO BALCÃO GEROU-SE O DESCONTENTAMENTO DO CLIENTE QUE PODERÁ RESULTAR NUMA SAIDA DE CAPITAIS PARA O.I.C. EM
CURTO ESPAÇO DE TEMPO. O CLIENTE TEME SER ALVO DE INVESTIGAÇÃO POR PARTE DAS FINANÇAS E NÃO CONSEGUIR JUSTIFICAR ESTE MOVIMENTO PERANTE OS MESMOS.

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Assunto : FRONT OFFICE CHQ!!!! The show must go on!!!!

Mensagem : Caros colegas venho deste modo indicar que ainda não conseguimos tratar os cheques que ficaram por tratar ontem, dado que eram 21h e alguns minutos e não conseguimos efectuar essa árdua tarefa de tratar os cheques. O problema persiste e não vejo neste nevoeiro de Janeiro, nenhum D.Sebastião para resolver estes problemas!!!!
Aguarda-mos vossa intervenção para a resolução deste "NOSSO PROBLEMA".
Muito obrigado e cumprimentos.

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Assunto : abertura de caixa pendente

Mensagem : solicito resolucao rapida do prob q quero ir ver o benfica

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Assunto : endosso de cheque

Mensagem : Pedido de exclarecimento.
Um cheque passaso à ordem de "Nova Extral", como é que tem que ser feito o endosso?
Eu não se se Nova Extral é o nome de uma empresa, se é só uma denominação comercial ou se é até mesmo um nome de um cidadão de raça negra com um nome esquesito.
Sem outro assumto, os melhores cumprimentos.

As mensagens acima não foram alvo de revisão, para poderem apreciar as mesmas em toda a sua glória original. :-)

04 abril, 2006

Alugar casa...

Infelizmente não sou rico, não tenho dinheiro a cair das prateleiras, nem ando com maços de notas de 500€ na carteira.
Felizmente sou saudável, tenho uma casa confortável e um emprego razoável.
Infelizmente, tenho uma casa de solteiro para pagar, que não consigo vender. Solução? Alugar pois claro, rendimento extra e ajuda a cobrir o empréstimo.
É aqui que se inicia o meu problema, o conceito de receber a renda todos os meses é muito bonito, a ideia de ter desconhecidos a habitar um espaço onde se fez o rebento, nem por isso. O risco de não pagarem a renda, o risco de destruirem a casa, assusta, assusta mesmo, mas a necessidade tem destas coisas e alugou-se a casa.
O primeiro inquilino era uma simpatia, atencioso delicado, tinhamos a certeza que não ia levar miudas lá para casa (miudos, já é outra conversa...) e aparentava ser uma pessoa séria e responsável.
Cinco meses depois a renda deixou de chegar, dois meses depois, lá convencemos o senhor a abandonar a casa que não pagava...
Que nos deixou o senhor na casa? Dívidas de água, luz e gás no valor de centenas de euros, móveis com manchas estranhas (sim, ele costumava receber "amigos") e muita humidade na casa (funcionaria como estufa, para plantas "medicinais"???).
Decidimos alugar de novo a casa, colocou-se o belo do anúncio e desta vez um casal com bom aspecto respondeu, acordou-se o negócio de imediato e mudaram-se no dia seguinte.
Começaram aqui os problemas, a senhora em questão é tal como o antigo inquilino, "anal". Só que enquanto ele usava o dito cujo para fins de entretenimento, a nova inquilina é maníaca das limpezas, tudo lhe mete nojo e tudo está imundo. Basicamente, uma casa com os padrões de limpeza da senhora, faria passar vergonhas aos fabricantes de material electrónico. Até a consigo imaginar na fábrica da Intel: "Que é isto? Que nojo, nem me arrisco a encostar ao balcão, isto está imundo, quem é o responsável por este nojo, tem de se chamar alguém para limpar, contratar profissionais!"
Tudo isto, enquanto os trabalhadores se encolhem a um canto receosos...

01 março, 2006

Oryx & Crake


Espécies ameaçadas, tanto o Oryx como o Crake (Google é vosso amigo).

O livro que terminei de ler recentemente, vai buscar estes nomes para dois dos principais protagonistas, mas é principalmente do risco de extinção da espécie humana de que fala. Clonagem, produtos transgénicos e crescimento populacional, questões e problemas de hoje que também o serão amanhã, de tudo um pouco se fala, mas uns anos mais à frente.
Ao terminar de ler este simpático livro, emprestado por uma amiga que passa a vida de mochila às costas, dois filmes saltaram da minha memória, o Lagoa Azul e o 12 Macacos.
Lendo o livro e conhecendo os filmes, acho que facilmente se darão conta da ligação, não a menciono aqui directamente, dado não querer estragar a leitura desta belíssima obra a ninguém.
Recomendo, para quem gosta de ficção cientifica e mesmo para quem não gostando, aprecia uma história muito bem contada.
Algo posso garantir, fiquei fã da escritora e espero ter a oportunidade de ler algo mais dela.

12 janeiro, 2006

Ano Novo, brinquedo novo


Sei que não é bem assim, mas no meu caso é mais verdadeiro, a vida continua muito na mesma, o mesmo emprego, a mesma mulher (não que eu queira mudar, sou lá eu desses, nem pensar, etc e tal (1)), o mesmo filho, o mesmo carro, etc.
Não, o que realmente tenho é um brinquedo novo, este aqui que se vê.
Como podem ver, é uma verdadeira beleza. Tem o toque ideal, o tamanho ideal, force-feedback, imensos botões, enfim, tudo aquilo que uma criança de..., perdão, adulto de 32 anos deseja para ocupar os seus tempos de lazer ao volante do seu Ferrari virtual.
Pois, sou daqueles que sempre quis ter um Ferrari, ou um Porsche ou até um Mazda MX5, enfim, agora conduzo todos esses carros e muito mais, com a vantagem que não apanho multas, os custos de manutenção, gasolina e pneus são nulos e é claro, quando me estampo, não fico a chorar a perda de um carro que custa mais do que a minha casa...

(1) A minha mulher lê o Blog, por isso, dado que aprecio a companhia da mesma, não me apetece dormir no sofá e ... vocês sabem...