17 outubro, 2008

Livros, etc e tal.

Recentemente, finalizei a leitura de um livro que me ofereceram faz já algum tempo, "Al-Gharb 1146" de seu nome.
Não costumo "criticar" abertamente livros que leio, se o faço é quando me pedem a opinião, nunca por minha livre iniciativa. Mas, de vez em quando, quando certas coisas nos incomodam por demais, temos uma tendência animal de reagir de uma forma agressiva e até irracional.
No meu caso, passou por escrever uma pequena crítica ao livro em questão, sem que alguém me pedisse a opinião.
Ora bem, peço então que tenham em conta, que isto é apenas a minha opinião pessoal e que cada pessoa tem os seus gostos e ideias.

O livro em questão foi-me oferecido, como sendo um romance histórico. Após a minha leitura, posso dizer que quanto muito, é um exercício intelectual de escrita criativa, que se caracteriza por uma apresentação fantasista e inverosímil da época.
Trata-se de uma ficção altamente estilizada, repleta de anacronismos (menções à tabela periódica [séc. XIX], pinturas de ursos azuis a tocar violino [séc. XIV na sua forma moderna]), estrangeirismos permanentes e descabidos (embora não seja um estudioso das letras, penso que no séc. XII, a maior parte das expressões estrangeiras usadas, não faria sentido no país de origem, quanto mais na Ibéria), repleto de homo erotismo e promiscuidade permanente (não que me choque, mas é completamente despropositado para o pressuposto tema do livro).
A história em si, dada a pouca substância, aparenta ser apenas uma desculpa para os devaneios eróticos dos personagens, aproveitando-se pelo meio algumas referências interessantes à geografia da época e aos poderes existentes no mundo conhecido.

Posto esta minha... crítica, penso terminar de escrever o meu livro, apenas daqui a 25 anos, para depois o publicar e fugir, não tendo assim de ser alvo de críticas piores ainda sobre a minha própria obra.
Quem já leu os esboços da minha "obra", posso dizer que nada adiantei no último ano, tenho estado por demais ocupado...
Quem não sabia que eu tenho uma "obra", pois bem, não me peçam para a ler, está deveras inacabada.

08 setembro, 2008

Crash...

Hoje o Blog é fotográfico.

Mem-Martins, rua da quinta do Recanto.


Mota...


Eu...

Já fiquei pior a andar de bicicleta, por isso não se preocupem. ;)
Já agora, o meu novo veículo de duas rodas vai ser um destes.

18 agosto, 2008

A idade dos porquês...

Pois é, o meu filho atingiu a idade dos porquês a Mach 3, sem pausas nem interrupções. Assim que começa a primeira pergunta, tenho de me preparar para 30 minutos de interrogatório seguido, digno de uma qualquer Stasi ou KGB.
Vamos por exemplos. Estamos a passear a está um aspersor a regar a relva.

Filho: Pai, está a chover?
Pai: (Na minha ignorância) Não, filho, a relva está a ser regada.
F: Porquê?
P: Porque precisa de água.
F: Porquê?
P: Porque é um ser vivo e tem sede como tu.
F: Porquê?
P: (Tentanto dar a volta) Pela mesma razão que tu tens sede.
F: Porquê?

Agora havia duas soluções, tendo em conta a falta de paciência que nos atinge. Um crente numa religião qualquer diria "Porque [Inserir Entidade Religiosa Aqui] assim o quis".
E pronto. Estava respondido, com o apoio de [IERA].

Os Ateus como eu, têm a vida mais difícil, temos de arranjar explicações cientifícas de forma a não estupidificar a criança. Seria muito simples dizer "Porque temos uma esponja dentro de nós que precisa de água". Mas queremos mesmo que o nosso filho acredite em esponjas dentro do corpo?
Claro que explicar toda o ciclo da água, a interacção com as células, etc, a uma criança de 3 anos está fora de questão.
Que resta? Ter paciência e ir dando respostas correctas, não demasiado complexas até a criança se fartar...
Em resumo, os pais Ateus sofrem, era muito mais fácil acreditar numa qualquer divindade.

21 maio, 2008

Prendas e lembranças

O meu aniversário está a aproximar-se...
Quer dizer, faltam precisamente 3 meses, tempo que julgo ser suficiente para encontrarem e comprarem uma prenda que me agrade.
Todos os anos, a pergunta é a mesma, "Que queres de prenda de anos?", ou então telefonam à minha mulher a perguntar o que é que eu preciso.
Pois bem, precisar, não preciso de nada (felizmente). Mas desejar, desejo muita coisa.
Já desisti do Ferrari, não me parece que nos anos mais próximos alguém me ofereça um, especialmente depois do "post" anterior. Também queria uma casa com piscina e vista para o mar, mas com o que ia pagar de impostos, já desisti da ideia.
Pois bem, no sentido de evitar problemas às pessoas e facilitar a vida a toda a gente, fiz uma lista de prendas. Quem me quiser oferecer algo, basta dirigir-se à página que irei mencionar e comprar um dos inúmeros (15) artigos que seleccionei.
"Ah e tal, mas é tudo brinquedos e coisas assim" dirão alguns. "Sim?" Pergunto eu. Se é o que eu quero e desejo, qual é o problema?
Por vezes tenho a noção de que é mais "fácil" e menos vergonhoso, pedir acessórios Sado-Maso do que bonecada e jogos de computador.

Pois bem, aqui está a lista.

É claro que não estão limitados a esta lista, poderão evidentemente, oferecer-me algo totalmente diferente, agora se não me quiserem oferecer o que está na lista, então por favor não me perguntem o que é que eu quero, tal seria insultuoso.

09 maio, 2008

Sonhos desfeitos...

Não, não estou a falar do bolo.
Embora goste de desfazer os meus sonhos quando os como, dá-me gosto partir o bolo em pedaços e ...
Enfim, voltando ao tema em questão hoje.
Sempre sonhei em ter um Ferrari, aliás, a paixão da minha vida durante muitos anos foi um Ferrari. Um assim como este.
É lindo, é vistoso, rápido, tem uns estofos envolventes em pele, quentes e amorosos, enfim, antes que a minha mulher fique com ciumes, fico-me por aqui.

Hoje dei uma "abada" brutal a um destes, a minha Suzuki, passou completamente a rasgar por um F360 Modena, vermelho.
Irra pensei, queria um carro destes para quê?

Ora passemos aos números (que eu gosto muito de números e de estatísticas, mas tal como diria o Dilbert, 80% dos números apresentados em reuniões no mundo de negócios, não são fiáveis)












Ferrari F360 Suzuki Marauder
Peso1350 kg137 Kg
Cilindrada3586 cc249 cc
Velocidade Máxima300 Km/h110 Km/h
Aceleração 0-100 Km/h4,4 seg15 seg
Valores que realmente interessam
Velocidade média no IC1910 Km/h60 Km/h
Primeiros 10Km no IC191 hora10 min
Consumo urbano24 l3 l
Preço médio revisão3.000€150€

E viva as motas. ;)

24 março, 2008

ASAE

Como sabem, a ASAE atravessa agora um período de calmia.
Há quem diga que se deve a toda a má publicidade, depois de terem arrasado com o comércio tradicional, os doces regionais e até o café da Matilde lá na terra, ninguém os grama.
Mas não é esse o motivo da calmia, sei de fonte segura que há reuniões secretas ao mais alto nível dentro da ASAE, o objectivo das mesmas? Definir o próximo alvo das inspecções.
Tendo em conta todas as áreas que já foram alvo de fiscalização, só me ocorre uma área onde ainda falta o devido controle sanitário e de qualidade.
As amoras silvestres...


Este flagelo impera por todo o lado, até agora tem escapado às inspecções, mas dentro em breve, a Super ASAE, estará de tesoura de poda em riste a esmagar as amoras que colocam em risco a saúde pública e a moral e os bons costumes.

Acham piada? Analisemos todos os pontos negros das amoras (as maduras não são negras, são azuis escuras):
  1. Costumam estar carregadas de pó.
  2. São pisadas por todo o género de insectos (olhem o que aconteceu ao Galeto).
  3. Não estão embaladas correctamente, de acordo com normas da CEE.
  4. Não apresentam homogeneidade a nível de cor e tamanho (ver foto em anexo).
  5. Estão rodeadas de perigosos espinhos que poderão ferir gravemente crianças e adultos.
  6. Não possuem preço tabelado.
  7. Não é possível reclamar em caso de desagrado com o produto.
  8. Não apresentam tabela com valor nutricional e componentes.

Em resumo, as amoras estão destinadas à extinção às mãos da ASAE, a não ser que consiga um subsídio da CEE para me dedicar ao cultivo das mesmas em condições.

Dentro em breve, num supermercado perto de si.

Amoras certificadas, produto regional de qualidade.


12 fevereiro, 2008

A crise e as familias

Decidi uma vez mais escrever um post "sério", um pouco à imagem do que fiz sobre o estado da Segurança Social.
Como sabem a crise está a afectar imensas famílias, entre as quais a minha. O dinheiro tem de esticar cada vez mais, já que o aumento das taxas de juro aumenta significativamente os encargos. Claro está que há familias mais afectadas que outras, os níveis de endividamente variam e nem todos sofrem da mesma maneira.
Com vista a abranger os vários cenários de crise, decidi entrevistar três camadas do nosso tecido social, de forma a apurar de que forma estão a ser afectadas as familias.
Dito isto, passemos às entrevistas surreais a familias Portuguesas, afectadas pela crise actual.

Familia: Lopes da Silva (com desculpas aos Gatos que cheiram mal)
Classe: Alta
Repórter: Bom dia. Em que notam mais a crise no vosso dia a dia?
Familia: Temos sido gravemente afectados, a nossa filha a Fatinha, foi a mais prejudicada.

Repórter: Conte-me lá Fatinha, o sucedido.
Fatinha: Veja lá, após ter tido aquele terrível acidente com o Porsche no parque de estacionamento (colocam aqueles pilares de qualquer maneira, não há espaço de manobra), o papá recusou-se a pagar a reparação, tinha perdido pipas de dinheiro na bolsa e disse-me, veja lá, para começar a andar no Audi. Nem posso sair à rua agora, que vão dizer a Pipi e a Bibas se me vêm de Audi, que pindérica.


Familia: Pereira dos Santos
Classe: Média
Repórter: Muito boa tarde, posso saber de que forma a crise afectou a vossa vida diária?
Familia: A nossa vida tem sido um verdadeiro Inferno, especialmente desde que a minha sogra se mudou cá para casa.

Repórter: Compreendo. A pobre senhora deixou de conseguir pagar a casa por causa do aumento das taxas de juro...
Familia: Não, nada disso. O que se passou é que em Dezembro, após as férias em Punta Cana, verificámos que sem o subsidio de Natal, não conseguiamos pagar a prestação do BMW. Ora a empresa de crédito por telefone, só nos empresta o dinheiro para irmos a Varadero no verão se pagarmos primeiro as férias na neve em Andorra. Os putos entretanto querem os novos Nokia, porque o modelo do ano passado já está "out", o dinheiro não estica, por isso decidimos começar a cortar nas despesas.

Repórter: E que fizeram nesse sentido?
Familia: Vendemos a casa da minha sogra, assim como ela está por cá, poupamos imenso na gasolina. Ela morava ali na Moita e nós no Barreiro, as idas e voltas de casa dela, ficavam num balúrdio.

Repórter: Então usaram o dinheiro da casa, para liquidar as vossas dívidas e aliviar assim as dificuldades?
Familia: Liquidar o quê? Aproveitei foi para por GPL no BMW (poupo imenso), trocámos o Audi da Maria a gasolina que já tinha 3 anos e 60.000Kms pelo novo A4 a diesel. Comprámos um Plasma de 40'' para a sala de jantar, colocámos o antigo LCD no quarto da minha sogra e assim ela fica lá sossegada. Com o que sobrou paguei a dívida do condominio, que o F#$%# da P$%& do administrador já me queria por uma acção em tribunal por não pagar as quotas, há pessoas que não compreendem as dificuldades que atravessamos...


Familia: Jacaló
Classe: Imigrantes em quarto alugado

Repórter: Obrigado por me receberem. Digam-me, em que vos afecta a crise?
Familia: Não temos notado muito sabe, o Curiba tem estado a receber o rendimento mínimo, dá para pagar o quarto e ainda sobra para as bejecas. O Cupim está a receber a baixa da segurança social, depois de ter caído do andaime lá nas obras. O Carlos é que se queixa um pouco, o pessoal por causa da crise, é raro dar 1€ ou mais por carro arrumado, a maior parte já só dá 0.50€ e alguns dão-lhe 0.20€ e ainda dizem que ele tem sorte.
Eu perdi o emprego porque a empresa faliu por causa da crise, mas está-se bem, ainda tenho 6 meses de subsidío de desemprego, depois pode ser que a crise passe e arranje um novo emprego.

06 fevereiro, 2008

Dores de cabeça


Estou com dores de cabeça.
Aliás, tenho dores de cabeça faz já vários dias...
Se tomar algo, passam, mas como homem que se preza, evito tomar medicamentos ao máximo. É como ir ao médico, só quando se está a morrer é que se vai a um médico, qualquer Homem, sabe isso.
Enfim, como Geek que sou, em vez de ir a um médico ou algo assim vulgar, decidi procurar no Google uma explicação/resolução para as dores que tenho tido.
Após alguns minutos de pesquisa, fiquei ainda pior do que estava.
Porquê, perguntam os leitores mais curiosos. Ora bem, passo a descrever os tipos de dores de cabeça existentes (ok, ok, os que encontrei nas 5 primeiras páginas que visitei)...

Enxaqueca - é um tipo especial de dor, que afecta apenas uma área limitada da cabeça, parece ser causado por uma mudança na sensibilidade dos vasos sanguíneos da cabeça.

Dor de cabeça provocada por tensão - é em geral o resultado da fadiga e das tensões diárias. Ocasionalmente, esta dor de cabeça muito frequente indica a presença de males crónicos, como anemia, pressão alta ou uma doença nos rins.

Dores de cabeça em pessoas idosas - pode ser um dos sintomas do herpes, ou de uma doença dos ossos localizada em torno do globo ocular, pode indicar a presença de um glaucoma.

Dor de cabeça provocada por infecção - provocada por dor de dente, sinusite ou infecção no ouvido.

Dor de cabeça associada à fadiga ocular - quase sempre provocadas pela tensão nos músculos do pescoço, deve-se consultar um oftalmologista.

Dor de cabeça associada a dores no pescoço - muito comum depois dos 50 anos de idade, quando muitas pessoas passam a sofrer de dores reumáticas, de fibrosite ou ligeira artrite no pescoço.

Dor de cabeça provocada por problemas cerebrais graves - As dores de cabeça raramente têm como causa um problema grave no cérebro, como um tumor ou um abscesso. (mas acontece, perguntem ao meu primo Vasco, been there, done surgery...)

E a minha favorita...

Dor de cabeça do orgasmo - Esse pesadelo existe e acomete mais homens do que mulheres em 0,4% da população.